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Alegria e felicidade


Se por alegria entendemos a serenidade imperturbável de quem está acima das alternativas da vida, podemos afirmar que Jesus foi sempre alegre, feliz.

Um dos temas permanentes, quando fala em particular com os discípulos, é o contentamento de que seu coração estava transbordante como efeito da cordialidade e confiança com que se abandonava à vontade de seu Pai.


“Não tenham medo, ao permitam que seu coração seja assaltado pela confusão, vivam contentes e felizes porque vou para meu querido Pai” (cf. Jo 14,28). “Desejo vivamente que vocês participem de meu prazer e de minha alegria. Como o Pai está sempre comigo e por isso vivo feliz, quisera fazê-los participantes da mesma alegria”.


Shalom” – uma espécie de bem-aventurança plena – é o que Ilhes deixa como herança. “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz” (Jo 14,27). Sempre tinha vivido envolto nessa paz (felicidade). Ao deixá-la como a maior riqueza, significa que os seus o haviam visto viver nessa serena felicidade, e que a deixa para eles em herança, mas com a condição de que também eles vivam no mesmo estado de fé e abandono confiado nas mãos do Amado Pai.


Permanecei em meu amor como eu permaneço no carinho de meu Amado Pai, para que eu me alegre em vós-e a vossa alegria seja plena. Agora vou para ti, meu Pai, e falo essas coisas diante deste para que também eles tenham minha alegria realizada neles mesmos” (cg. Jo 17,13).


Aqui está a grandeza original de Jesus e dos cristãos: poder viver, em meio aos fracassos e tempestades, com a alma cheia de serenidade e calma, poder ser profundamente felizes, vivendo entre adversidades. Este é o fruto mais saboroso do sentir a Deus como um querido Papai e do viver confiadamente abandonados em suas mãos benditas.


Do livro Mostra-me o Teu Rosto de Frei Ignácio Larrañaga

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